sábado, 27 de dezembro de 2008

AS ORGANIZAÇÕES COMO CULTURA

Prof. Esp. Alcenisio Técio Leite de Sá
Para a finalidade de entender o que são as organizações empresariais é importante frisar que não nos referimos à organização como a atividade administrativa voltada à disposição eficiente dos recursos disponíveis, mas como sinônimo de empresa, ou seja, qualquer empreendimento humano criado e mantido para o atingimento de certos objetivos e obtenção de certos resultados.
A intensa proliferação das organizações é uma marca patente do nosso século. O ser humano, diante dos seus inesgotáveis problemas e da impotência para resolvê-los sozinho, tem "adquirido as soluções" nas organizações. As organizações, por sua vez, sobrevivem dessas "aquisições” feitas pela sociedade. Há nessa interação um aspecto curioso: os interesses do indivíduo e os da organização complementam-se, garantindo a permanência das boas organizações no mercado e a satisfação das constantes e renováveis necessidades do indivíduo.
Em decorrência dessa fusão de interesses sociais e econômicos, o mundo modifica-se e exibe-nos incontáveis organizações políticas, religiosas, artísticas, filantrópicas, fabris, educacionais, comerciais, esportivas, recreativas, culturais e outras. Nelas está fundada a vida do homem moderno, pois é exatamente ali que ele emprega a maior parte do seu tempo, seja participando do seu processo produtivo, seja consumindo os seus bens e serviços.
As organizações não podem ser estáticas, já que são compostas de seres humanos e voltadas para um mercado consumidor em constante mutação. Confrontam-se, assim, duas realidades: uma interna e outra externa. E isso requer uma situação de contínua evolução. O homem compreendeu cedo que se tratava de um animal social; entendeu, por conseguinte, que sua preservação individual estava condicionada ao convívio em grupos. A evolução natural da espécie humana fez compreender que os grupos sociais precisam ser transformados em grupos de pesquisas, pois estamos condicionados a acordos que facilitam e contribuem para a realização dos desejos mútuos.
O trabalho em grupo, portanto, é um fator multiplicativo de idéias e, para obtermos resultados, precisamos interação de forças simultâneas, ou seja, a sinergia.
Qualquer organização existe em decorrência dos fatores
» objetivo, finalidade;
» associação de interesses;
» motivação (motivos pessoais);
» circunstância e clima psicológico (clima, ambiente para tal).
Para a plena interação grupal, precisamos desenvolver uma postura comportamental capaz de reconhecer em cada participante o direito de:
» ser diferente;
» ter idéias próprias;
» conhecer mais.
É preciso disseminar as idéias de que:
» sozinhos somos incompetentes;
» quando questionados e desafiados, enriquecemo-nos;
» quanto mais sabemos, maior é o nosso horizonte do não-saber;
» às vezes é necessário retroagir para avaliar e corrigir os rumos.
tecioleite@bol.com.br

Nenhum comentário: