segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CONTOS PARA REFLEXÕES NESTE NATAL

1.OS MACACAOS E A ESCADA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio da jaula puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando algum macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que o macaco novato fez foi subir a escada, de onde foi rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro macaco foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...”.
Recado do Prof. Técio Leite: Também os seres humanos freqüentemente agem como os macacos dessa história, fazendo coisas sem refletir por que razão, ou com que objetivo, estão fazendo aquilo. As pessoas agem às vezes movidas somente por costumes arraigados, ou por instintos, e dessa forma não exercem o mais precioso atributo de Deus para a raça humana: a inteligência.

É importante estarmos sempre refletindo, questionando, compreendendo e aprendendo mais sobre a vida. Como disse Albert Einstein: "Tristes tempos estes: é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito".

2. UM MODO DE VIDA

Somos uma nação de comunicadores, mas comunicação nem sempre é conexão. Lembro-me de uma cena em um filme de Woody Allen na qual um grupo de nova – iorquinos solitários está sentado à mesa tomando cerveja, conversando freneticamente uns com os outros a fim de aliviar a solidão. Todo mundo fala ao mesmo tempo. Aos poucos, eles vão elevando a voz e interrompendo uns aos outros na tentativa de se fazer ouvir. Por fim, ficam tão desesperados que acabam, realmente, cuspindo uns nos outros no esforço de fazer contato, o que eles nunca conseguem. Essa cena, em geral, provoca risos. Acho que cada vez mais a vida vem se assemelhando a isso.
Nos dias de hoje, a desconexão é um hábito, um modo de vida. Eu não me dera conta do quanto vivia isolada até passar uma semana em Fiji. Chegando à noite, desfazendo as malas, peguei despreocupadamente o material de leitura deixado no quarto pela gerência do hotel. Sob o título: “Diferenças Culturais”, surpreendi -me ao descobrir que em Fiji é considerado “boas maneiras” cumprimentar pessoas totalmente estranhas na rua. O folheto era bem explícito, não era motivo de alarme ver-se cumprimentado por estranhos, na verdade, as pessoas achariam uma grosseria se eu não respondesse à altura.
O modo correto era fazer contato visual e reconhecer a presença do outro com um meneio de cabeça ou um sorriso, ou ainda dizendo Bu-la. No lugar onde fui criada, a cidade de Nova York, uma coisa assim seria exatamente imprudente. Achando graça, decidi tentar.
O que isso significa na prática é o seguinte: você desce a rua até o correio, vai comprar selo para um cartão - postal. Pelo caminho pode cruzar com três ou quatro pessoas, saudando cada uma com um aceno de cabeça ou dizendo Bu–la e recebendo delas o cumprimento. Você compra o selo, uma transação que demora só um instante. No caminho de volta, passa exatamente pelas mesmas pessoas, e espera-se que você torne a cumprimenta-las, muito embora tenha cruzado com elas apenas alguns momentos antes. A princípio isso é irritante, mas no final de uma semana já se tornou uma segunda natureza.
Retornei então aos Estados Unidos. Saindo às pressas para abastecer a geladeira vazia, vi-me em uma rua movimentada da Califórnia. Absolutamente sozinha. Ninguém fazia contato visual. Ninguém me cumprimentava. Ninguém sorria. Bem no meu íntimo, senti-me invisível e diminuída. E, no entanto, a rua era perfeitamente conhecida. Era minha terra.
Os habitantes de Fiji têm consciência de uma lei humana básica. Todos influenciamos uns aos outros. Cada pessoa é parte da realidade dos outros. Não existe isso de passar por alguém e não reconhecer seu momento de conexão, de não deixar que os outros saibam o efeito que produzem em você e não ver o que você produz neles. Para os habitantes de Fiji, a conexão é natural, simplesmente o modo como o mundo é feito. Aqui passamos uns pelos outros com nossas luzes apagadas, como navios à noite.
REMEN, Rachel Naomi. Histórias que Curam – Conversas Sábias ao Pé do Fogão. Ágora, São Paulo 1998.

3. OS SONS DA FLORESTA

No século III d.C., o rei Ts’ao mandou seu filho, o príncipe T’ai, estudar no templo com o grande mestre Pan KU. O objetivo era preparar o príncipe que iria suceder ao pai no trono, para ser um grande administrador. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre logo o mandou, sozinho, à floresta de Ming-Li. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta.Passado o prazo, T’ai retornou e o mestre lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.
“Mestre”, disse o príncipe, “pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama, o zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os céus”. Quando T’ai terminou, o mestre mandou-o de volta à floresta para ouvir tudo o mais que fosse possível. T’ai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele já não tinha distinguido cada som da floresta?
Por longos dias e noites, o príncipe sentou-se sozinho na floresta, ouvindo, ouvindo. Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daqueles sons já mencionados ao mestre. Então, certa manhã, sentado entre as árvores da floresta, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. “Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse”, pensou. Sem pressa, o príncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter a certeza de que estava no caminho certo.
Quando T’ai retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir. “Mestre”, respondeu reverentemente o príncipe, “quando prestei mais atenção pude ouvir o inaudível – o som das flores se abrindo, do sol aquecendo a terra, e da grama bebendo o orvalho da manhã”. O mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação. “Ouvir o inaudível é ter a disciplina necessária para se tornar um grande administrador”, observou Pan Ku. “Apenas quando aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, os medos não confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiança a seu povo, entender o que está errado e atender às reais necessidades dos cidadãos. A morte de um país começa quando os líderes ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais”.

*Chan Kin e Renée Mauborgne do European Institute Of Business Adminstration.

4.OS TALENTOS

Um homem que estava para viajar chamou seus servos e lhes confiou seus bens. Decidiu dar a cada um segundo sua capacidade: por isso, deu a um deles cinco talentos, a outro deu dois e, ao outro servo, apenas um.

O que havia recebido cinco talentos foi logo negociar com aquele dinheiro e lucrou outros cinco. A mesma coisa fez o servo que recebera dois talentos, ganhando assim outros dois. Mas o que recebera apenas um talento cavou um buraco na terra e ali escondeu o dinheiro que lhe fora confiado.

Depois de um longo tempo, o senhor daqueles servos retornou e os chamou para a prestação de contas.

Apresentou-se o que recebera cinco talentos e entregou-lhe outros cinco, dizendo: "Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco, que ganhei."

"Muito bem, servidor bom e fiel", respondeu-lhe o senhor. "Foste fiel no pouco, então vou te dar poder sobre muitas coisas. Compartilha da alegria do teu senhor”.

O que recebera dois talentos aproximou-se também e disse:

"Senhor, dois talentos me entregaste. Aqui estão outros dois que ganhei”.

"Muito bem, servidor bom e fiel", respondeu-lhe o senhor. "Foste fiel no pouco, então vou te dar poder sobre muitas coisas. Compartilha da alegria do teu senhor”.

Chegou, por fim, o que recebera só um talento, e disse:

"Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes onde nada foi plantado. Por isso, tive medo e fui esconder na terra o talento que me confiaste. Aqui o tens, intacto. Devolvo o que te pertence”.

O homem ficou indignado e reclamou: "Servo mau e preguiçoso! Se sabias que ceifo onde não semeei e colho onde não espalhei, devias ter aplicado o meu dinheiro para que, em meu regresso, eu recebesse com juros o que me pertence."

E dirigindo-se aos empregados que estavam com ele naquele momento, ordenou:

"Tirem o talento que está com ele, para que seja dado ao que tem dez. Pois aos que têm será dado em abundância, enquanto a quem não tem, até mesmo o pouco que tem lhe será tirado. E quanto a esse servo inútil, lancem-no às trevas, onde haverá choro e ranger de dentes."

Observação: Entre os inúmeros textos que têm sido escritos sobre recursos humanos, este pode ser considerado, sem dúvida, como fundamental para entendermos a nova visão das questões ligadas a recursos humanos. Mas o curioso é que é um texto escrito há 20 séculos, que parece atual neste início de século e milênio. E não é um texto teórico, mas uma história bastante singela, uma parábola.

Para uma boa compreensão dessa história, é necessário ver com clareza o sentido da palavra talento. Essa explicação está no livro "Viabilizando talentos".

5. AS LONGAS COLHERES – SENDO SOLIDÁRIOS

Uma vez, num reino não muito distante daqui, havia um rei que era famoso, tanto por sua majestade, como por sua fantasia meio excêntrica.
Um dia mandou anunciar por toda parte que daria a maior e mais bela festa de seu reino. Toda a corte e todos os amigos do reino que foram convidados vieram vestidos nos mais ricos trajes. O palácio resplandecia com todas as suas luzes.
As apresentações transcorreram segundo o protocolo e os espetáculos começaram: dançarinos de todos os países, jogos e divertimentos diversos. Tudo, até o mínimo detalhe, era só esplendor. Todos os convidados admiravam fascinados e proclamavam a magnificência do rei.
Entretanto, apesar da primorosa organização da festa, começaram a perceber que a “arte da mesa” não estava representada em parte alguma.
Não se podia encontrar nada para acalmar a fome que todos sentiam mais duramente à medida que as horas passavam. Essa falta logo se tornou incontrolável. Jamais naquele palácio nem em todo o país havia acontecido algo parecido.
A festa não parava de esforçar-se para atingir o auge, oferecendo ao público uma profusão de músicos maravilhosos e excelentes dançarinos.
Pouco a pouco o mal-estar dos espectadores se transformou numa surda, mas visível, contrariedade. Ninguém, no entanto, ousava elevar a voz diante de um rei tão notável.
Os cantos continuaram por horas e horas. Depois foram distribuídos presentes, mas nenhum deles era comestível. Finalmente, quando a situação se tornou insustentável e a fome intolerável, o rei convidou seus hóspedes a passarem para uma sala especial, onde uma refeição as aguardava.
Ninguém se fez esperar. Todos, como um conjunto harmonioso, correram em direção ao delicioso aroma de uma sopa que estava num enorme caldeirão no centro da mesa.
Houve tentativas, mas só se ouviam expressões de dor e decepção.
Os convidados quiserem servir-se, mas grande foi sua surpresa ao descobrirem, no caldeirão, enormes colheres de metal, com mais de um metro de comprimento e nenhum prato, nenhuma tigela, nenhuma colher de formato convencional.
Os cabos desmesurados não permitiam que o braço levasse à boca a beberagem suculenta, porque não se podiam segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira em suas extremidades. Desesperados, todos tentavam comer, sem resultado.
Até que um dos convidados, mais esperto ou mais esfaimado, encontrou a solução: sempre segurando a colher pela haste situada em sua extremidade, levou-a à boca de seu vizinho, que pôde comer à vontade.
Todos passaram a imitá-lo e se saciaram, compreendendo, enfim, que a única forma de alimentar-se naquele palácio magnífico era um servindo ao outro.

6. A FLOR E A PEDRA

Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou uma jovem e ficou admirada com a flor. Logo pensou em Deus. Cortou a flor e a levou para a igreja. Mas, após uma semana, a flor tinha morrido”.

“Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou um homem, viu a flor, pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali; não quis cortá-la para não matá-la. Mas, dias depois, veio uma tempestade e a flor morreu”.

“Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas, sozinha. Decidiu voltar todos os dias. Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou, depois fez um canteiro, colocou adubo. Tempos depois, lá onde só havia pedras e uma flor, nasceu um jardim!...”.(autor desconhecido).


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Um comentário:

marly meireles disse...

gostei muitaum essa parábola tem na biblía