terça-feira, 26 de março de 2019

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA____ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO K.


URGÊNCIA



JACINTA, brasileira, estado civil..., profissão..., portadora da cédula de identidade RG nº...,devidamente inscrito no CPF nº ....Título de Eleitor nº ....endereço eletrônico e-mail...., telefone..., residente e domiciliado na rua..., Bairro..., Cidade , Estado K,  por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso) com endereço profissional na rua ... Bairro ..., Cidade ..., Estado K , local indicado para receber as devidas intimações nos termos do artigo 106, inciso I do Código de Processo Civil, vem perante Vossa Excelência com fulcro no artigo , inciso LXXIII da Constituição Federal e na Lei 4717/65 propor:

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE

Em face do ESTADO K, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., do GOVERNADOR LARÁPIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., do SECRETÁRIO ESTADUAL DA CASA CIVIL, nacionalidade, estado civil, profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na... Bairro..., Cidade... Estado..., e de AGENCIA DE PUBLICIDADE, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ nº..., com sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., e da ESPOSA DO GOVERNADOR, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

I – SINTESE DOS FATOS
A autora conforme informações das mídias locais, que descobriram um esquema no Governo do Estado K, são feitas para promoção pessoal do governador Larápio em detrimento de assuntos de interesse públicos urgentes na municipalidade como educação, saúde, saneamento básico e moradia. Larápio, nesse esquema de uso irregular da propaganda institucional   juntamente com o secretario da casa civil, e com a participação da agência de publicidade da esposa de Larápio, seria somente para promoção pessoal dos envolvidos.
A autora tem como objetivo no ajuizamento da ação que seja suspenso imediatamente esse ato condenável e que seja ressarcido erário. 
Por essa razão, tendo em vista tal situação e indignada, a autora não teve outra saída senão o ajuizamento da presente ação popular.

II – PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Conforme os fatos narrados há grande necessidade de suspenção dos atos de acordo com o art. 5º, §4º, da Lei 4717/65, o qual há a probabilidade do direito e o perigo de dano conforme se demonstra.
Atento a finalidade preventiva no  Código Processo Civil, por seu art. 300, permite através de cognição sumária dos seus pressupostos à luz de elementos a própria Petição Inicial, o deferimento initio lide de medida cautelar inaudita altera parte, exercitada quando inegável urgência de medida e as circunstâncias de fato evidenciarem que a citação dos réus e a instrução do processo poderá tornar ineficaz a pretensão judicial.
A Lei 4.717/65 reguladora da Ação Popular vislumbra o periculum in mora da prestação jurisdicional e em boa oportunidade no comando do seu art. 5º § 4º preconiza “na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado”.
Na espécie, visualiza-se a prima facie a lesividade ao patrimônio público e ilegalidade do ato que justifica a concessão de liminar.
Destarte, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, o autor requer seja CONCEDIDA A LIMINAR, determinando que sejam cessados os atos lesivos a administração.
E no artigo 804 CPC combinado com artigo 300 faz se licito a concessão de liminar inaudita altera pars uma vez que os atos lesivos não cessarão.

III – LEGITIMIDADE ATIVA

A AÇÃO POPULAR tem previsão no art. 5º, LXXIII da CRFB, garantindo o seu ajuizamento a todos os cidadãos no regular gozo dos seus direitos políticos, o que é o caso da autora, conforme comprovado pelo Título de Eleitoral nº ..., e Certidão de Obrigações Eleitorais nº ...
O art. , inciso LXXIII, da CRFB, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
O autor desta forma participa ativamente da defesa do patrimônio da Administração Pública, e estando em dia com seus direitos políticos, de acordo com os documentos em anexos, satisfazendo os requisitos da cidadania, presente no art. 1º, §3º da Lei 4717/65.
Os indicados

IV – LEGITMIDADE PASSIVA

Os réus apontados nesta peça os quais o Estado, Governador Larápio, o Secretario estadual da Casa Civil e a Agência de publicidade e a esposa do Governador, são efetivamente os responsáveis pela produção do ato ilegal, lesivo ao patrimônio público, conforme art.  da Lei 4.717/65.
“A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. , contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo”.

V – DO DIREITO

a)      DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR
O art. , inciso LXXIII, da CRFB, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
A Lei 4.717/65 estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da CRFB, a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, além de ser ato lesivo ao patrimônio.
Assim, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível.

b)      DO DESVIO DE FINALIDADE
A lei da ação popular, lei  4.717/65, já consagrou o desvio de finalidade como vicio modificador do ato administrativo lesivo ao patrimônio publico e considera caracterizado quando o agente pratica ato visando fim diverso do previsto em lei.  
O artigo 4º ,II,a, da lei da ação popular preleciona que são nulos os atos  realizados em desobediência as normas legais regulamentares estatutárias regimentais ou internas  e no artigo 4º inciso VI,a, se houver sido praticado com violação das normas legais e regulamentares ou de instrução e ordens de serviços também serão nulos.
c)      PROMOÇÃO PESSOAL
O Art. 37 da CRFB em seu caput estabelece que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados ,do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Ainda no Artigo 37, § 1º da CRFB encontramos também embasamento ao pleito da ação popular preleciona referido artigo que a publicidade dos atos programas e obras serviços e campanhas dos órgãos públicos devera ter caráter educativo informativo ou de orientação social dela não podendo constar nomes símbolos ou imagens que caracterizam promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.
A Ação Popular tem previsão no art.  da CRFB, garantindo o seu ajuizamento a todos o cidadão no regular gozo dos seus direitos políticos, o que é o caso do autor.
Os réus apontados nesta peça vestibular são efetivamente os responsáveis pela produção do ato ilegal, lesivo ao patrimônio público, conforme art.  da Lei 4.717/65.
“A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. , contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo”.
Desta forma já decidiu o Tribunal de Justiça de Rio Grande do Sul:
PREFEITO. MUNICIPIO DE VISTA GAÚCHA. PROPAGANDA VEICULADA PROMOÇÃO PESSOAL DO PREFEITO MUNICIPAL. REVISTA TRABAHLO E DESENVOLVIMENTO. COMPROVAÇÃO DO ATO IMPROBO. VIOLAÇÃO AO PRINCIPIO DA MORALIDADE. Ajuizamento de Ação Civil Pública em hipótese de improbidade administrativa. Possibilidade. RESP 874618/SP. Ação Civil Pública proposta pelo parquet após processamento de inquérito civil contra o réu, com a pretensão de condenação do demandado nas sanções previstas no art. 12, inciso III da Lei nº 8429/92. Prova dos autos que evidência a prática de ato ímprobo pelo demandado que, na condição de prefeito do Município de Vista Gaúcha, utilizou-se de recursos da Administração para custear propaganda de cunho pessoal em revista local. Prova do fato e dolo genérico configurados. Manutenção da sentença. Precedentes desta Corte e do STJ. RECURSO DESPROVIDO.
(Apelação cível Nº 70057014599, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Marlei de Souza, Julgado em 14/03/2019). RS TJ-RS

VI – DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a)      A concessão da tutela de urgência com o pedido de liminar inaudita altera parte, para determinar a suspenção dos contratos celebrados
b)      a citação do Réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
c)       a citação do Estado K em separado, na forma do art. § 3º da Lei 4.717/65;
d)      a citação dos réus em separado, na forma do art. § 3º e § 4º da Lei 4.717/65;
e)      a intimação do ilustre representante do Ministério Público, na forma do art. , § 4º da Lei 4.717/65;
f)        a procedência da demanda para decretar a invalidade do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade, condenando os Réus no ressarcimento do erário na medida da lesão ao patrimônio público, material em liquidação a ser aferida em processo de execução;
g)      a condenação dos réus no pagamento, ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de advogado;
h)      a confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida;
i)        a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental;
j)        a juntada dos documentos em anexo.
Dá-se à causa o valor de R$...
Termos em que pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/... Nº...

V- DOS ROL DE DOCUMENTOS
1) Doc. 1 - Petição Inicial (fls.   );
2) Doc. 2 - Procuração (fl.   );
3) Doc. 3 – Documentos do Advogado ( fl.   )
4) Doc. 4 - Documentos Pessoais do Autor, RG/CPF/TITULO DE ELEITOR (fl.  );
5) Doc. 5 - Comprovante de Residência Autor (fl.    );
6) Doc. 6 – Demais documentos necessários para comprovação dos fatos alegados (fl.   

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