quinta-feira, 22 de abril de 2010

COMO A FAMÍLIA DEVE TRATAR UM USUÁRIO DE DROGAS

O que pode ser feito para amenizar e consolar a mãe que vê que seu filho ou sua filha está vivendo uma compulsão desesperada? Que esta compulsão, como qualquer outra doença, assumiu o controle da vida de seu filho? 0 que pode fazer para trazer seu filho de volta para a saúde e felicidade?

No relacionamento pais e filhos, há uma profunda relação emocional. Foram eles que trouxeram o pequeno ao mundo, viram seus primeiros hesitantes passos, amaram, guiaram seu filho nos anos de crescimento, rezaram e ansiaram por sua felicidade e sucesso. A criança é parte das suas vidas. Agora ele é um adulto e os pais já não têm o direito de controlá-lo e padrões de comportamento demoram a morrer; o impulso de um pai é tentar direcioná-lo como se o filho(a) ainda fosse uma criança). Freqüentemente o amor e orgulho do pai (mãe) impedem a recuperação por causa da permissividade muito grande de sua parte. Os pais perdoam, procuram desculpas para o filho/a - e anseiam com muita esperança de que o que eles (pais) estão fazendo, vai ajudar.

Se isto aconteceu contigo, perceba, aceite o fato que seu filho/a está doente. Não é fácil a experiência diária de viver com comportamento instável: seu filho pode estar mostrando hiperatividade, congestão nasal crônica, irritabilidade, mudanças de humor, noites sem sono e depressão severa.

Se o uso de drogas ficou extremado, você pode estar notando perda de peso rápida, falta crônica de energia ou de motivação, suspeição constante ou paranóia, suor nas roupas (devido a temperatura de corpo elevada) e abandono geral de higiene pessoal.

Você fica escutando e espera toda a noite ansiosamente pelo som da chave na porta, você paga contas de telefone cada vez mais altas e se preocupa com as grandes despesas em dinheiro. Você. tem medo do toque do telefone que pode significar desastre ou tragédia.

Se ele for casado e tiver uma família: você está preocupado sobre como o uso de droga pode estar afetando a sua esposa e filhos. Você talvez faça sacrifícios pessoais para que a família dele não se prive das necessidades, assumindo as responsabilidades dele tais como contas, pagamentos de aluguel, dívidas. (Alguns pais vão tão longe que chegam a culpar o cônjuge do dependente químico pelo problema de droga).
0 abusador de droga usa cocaína ou outro entorpecente porque ele está doente.

Você só pode ajudar enfrentando os fatos
• Nem você nem o cônjuge pode controlar o abuso de droga por ele; você não consegue forçá-lo a deixar de usar drogas por repreendê-lo, importuná-lo, se você for generoso ou ríspido com ele.
• Você precisará perceber e admitir que você não tem mais nenhum direito de criticar, admoestar ou exigir sobriedade deste adulto como se ele fosse um estranho.
• Você pode ajudá-lo melhor se puder convencer a sí próprio a Desligar-se - e Entregar a Deus.
Você não está se desligando e entregando a Deus...
• se você continuamente tirá-lo dos problemas
• se você assume as responsabilidades pelos problemas criados pelo uso da droga.
• Você não está ajudando se você cria desculpas para ele.
• É difícil, até mesmo doloroso, para uma mãe/pai enfrentar, por exemplo, o filho/a adulto que vive em casa sem pagar aluguel e vê o filho gastar seu dinheiro em droga (ao invés de aluguel). Você está facilitando seu filho a continuar usando drogas enquanto continuar a deixá-lo viver em casa sem custos.

COMPORTAMENTOS FACILITADORES DO FAMILIAR
Pergunte-se, honestamente, se você. não está ajudando s/filho/a, s/ cônjuge ou uma pessoa querida a continuar na droga por ter comportamentos facilitadores.

1. NEGAR - "Ele/ela não é DQ'. Ou então: "é coisa da juventude; mais tarde isto passa. Isto o leva a esperar que o DQ seja racional, controle sua bebida ou uso de drogas. Recuse-se a aceitar a culpa pelo comportamento dele, pois vc. não foi o responsável nem o indutor deste comportamento.
2. JUSTIFICAR - Buscar a racionalização (Exs: "0 trabalho exerce muita pressão sobre ele" ou então "desde que o pai morreu, tudo ficou tão difícil".
3. GUARDAR - Esconder seus sentimentos dentro de você.
4. EVITAR PROBLEMAS - Procura manter a paz, acreditando que a falta de conflito faz um bom casamento ou relacionamento c/os filhos. Proteger excessivamente, não permitindo que tenham que se defrontar com a conseqüência de s/ comportamento
5. MINIMIZAR - Reduzir o impacto das ações e comportamentos do DQ: "Não é tão mau assim." "As coisas vão melhorar quando...“
6. PROTEGER - Evitar que se exponha a imagem do DQ, proteger o DQ da dor e proteger a si mesma da dor. Esconder o fato de todos, mesmo que já saibam.
7. TRANQUILIZAR - Reduzir os próprios sentimentos, p/ evitar problemas. Passa a usar como escape tranqüilizantes, comida e trabalho.
8. CULPA - Sentir-se culpado ou induzir o DQ à culpa criticando, fazendo sermões.
9. ASSUMIR RESPONSABILIDADES - Fazer tarefas que cabem ao DQ
10. SENTIR-SE SUPERIOR - tratar o DQ como criança, como inconseqüente.
11. CONTROLAR - Fazer esforços p/ que o dependente não tenha contato c/ a droga e c/ más companhias, sem usar métodos educacionais, mas sim iludindo-se (ou iludindo a ele) : “que tal não irmos à festa da Companhia esse ano?" ou então: "vamos fazer uma viagem de férias para a fazenda?”
12. AGUENTAR - Acreditar que deve aguentar porque um dia "Isso também vai passar.“
13. ESPERAR - Adiar a busca de solução "Deus vai cuidar disso."
Lembre-se
• A culpa não é sua; ninguém é culpado.
• Não fique com vergonha dele; não proteste quando a esposa dele ou os amigos íntimos buscam ajuda de uma entidade social ou até mesmo da polícia.
• Abuso severo de drogas pode induzir a comportamento violento que, às vezes pede-se proteção.
• Evite ser envolvido com telefonemas noturnos ou gente em sua porta.
• Seja amável, seja gentil, mas não o proteja das conseqüências do seu abuso de droga.
• Expor o problema freqüentemente provoca uma crise. Isto faz o DQ, ele mesmo, querer buscar ajuda. Se o conforto dele estiver em risco, talvez ele dê o primeiro passo para a sobriedade.
Você pode ajudá-lo
• Estando pronto para sugerir recursos tais como Grupo Reviver, Narcóticos Anônimos (NA), centros de reabilitação, fazendas terapêuticas, mas só no momento certo.
• 0 momento chegará quando ele estiver realmente desesperado sobre seu uso de droga, quando ele admite que não consegue controlar isto e que ele precisa de ajuda; quando ele pedir.
• Você pode mostrar uma real preocupação e compaixão por seu filho desligando- se do problema dele. Este é amor verdadeiro.
• Uma atitude permissiva, indulgente, até mesmo com o mais amável dos motivos, não ajuda; ela machuca. Por incrível que pareça, o DQ, freqüentemente, parece saber instintivamente que você não o está ajudando ao aceitá-lo.
• Quando afinal ele se vê forçado, por causa de seu próprio sofrimento a se livrar da doença de dependência química, ele agradecerá a você por tê-lo ajudado a achar a força para dar o primeiro passo.

Busque informações sobre a doença e ajuda em grupos familiares.

Texto Original da Co-Anon dos USA, traduzido e adaptado pelo Prof. Esp. Alcenisio Técio Leite de Sá)

Um comentário:

WD Distribuidora de Água Mineral disse...

Nossa perfeito estou imprimindo e vou entregar para Minha mãe ELA PRECISA LER ISSO !