segunda-feira, 12 de abril de 2010

HISTÓRIA DA QUÍMICA

Prof. Esp. Alcenisio Técio Leite de Sá
A descoberta dos metais, como indica o nome “era de bronze”, é bem antiga. Usava-se, no início, o cobre nativo, depois o minério oxidado, que podia ser facilmente tratado pela fundição e redução simples. O método de tratamento do minério sulfuroso veio depois do apogeu de Roma. A produção de bronze pela adição de estanho era praticada desde a Antiguidade. A descoberta do ferro também é remota, usando-se, no início, o minério oxidado. Por volta de 1 000 anos A. C., parece que a quantidade da produção aumentou consideravelmente, mas a maior parte foi usada como armas.
No fim da Idade Antiga, já se conhecia o método de produção do ouro, chumbo, estanho, zinco, mercúrio e também do vidro. Produziu-se o sabão misturando-se a soda natural ao óleo. A técnica de ligas desenvolveu-se. Era conhecido o método de produção do licor e do perfume. Estes também são descritos sem inter-relação e em lugares menos esperados, como no caso da geometria. Com relação a teorias, existem várias, como a do átomo de Demócrito (460- 370 A.C.), a teoria dos quatro elementos, terra, água, fogo e ar, de Aristóteles (384-322 A.C.) etc., mas vamos suprimi-las aqui, porque elas provieram da pura imaginação e estão distantes da ciência.
A metalurgia da Idade Antiga foi introduzida na Arábia e, sob o desejo de produzir metal nobre a partir de metal pobre, foi transformada em alquimia; foi ainda re-introduzida na Europa e sobreviveu até por volta do século XVII. Durante esse período, o desenvolvimento da ciência foi pequeno, mas as técnicas das experiências químicas progrediram e várias espécies de substâncias novas foram separadas e extraídas; podemos dizer, portanto, que serviu de degrau para uma. nova era. Os alquimistas descobriram muitas espécies de sais, além de álcoois e álcalis. Os ácidos clorídrico e sulfúrico foram produzidos no século XVI e o ácido nítrico antes.
Já no século XIV, o explosivo primitivo, uma mistura de nitrogênio, enxofre e carvão, era produzido. O éter, a acetona, o ácido de benjoim foram descobertos antes do século XVII. Entretanto, como o método de produção dessas substâncias ficou encerrado por trás de um véu misterioso como segredo de alquimistas, ou como segredo nacional, a sua saída para outros países foi impedida, e não se puderam ver suas descrições através de letras.
Devemos levar em consideração que, em seu sentido amplo, as descrições mencionadas no começo foram feitas nessa época através da conservação dos produtos, da transmissão secreta ao discípulo etc. Quanto às classificações, existem muitos ramos independentes, surgidos de modo natural, ligados intimamente às técnicas, como, por exemplo, o ramo ligado à produção do ferro que em linguagem atual, seria uma combinação da mineralogia e da metalurgia, o ramo ligado aos trabalhos de alquimistas, que seria a ciência das ligas e dos ácidos; o ramo ligado à produção de licores, que seria a ciência de fermentação e química orgânica; o ramo ligado aos trabalhos da chamada “bruxa”, que seria a venenologia e a anestologia etc. Mas não há nenhuma evidência de que tivesse havido intercâmbio entre eles.
Mas, ao serem descobertas muitas substâncias de espécies diferentes no século XVII e à medida que as suas inter-relações foram sendo esclarecidas, esses ramos independentes de classificação começaram também a ser pesquisados globalmente.
O fato de a pesquisa científica ter sido estabelecida em outros ramos, como a matemática ou a física, influenciou bastante. Boyle (1627-1691), que deixou pesquisas sobre as propriedades dos gases nesse sentido, foi um dos criadores da química. Mas, até chegar-se à química no sentido verdadeiro, foi preciso ainda mais de um século; isso devido à falta de interpretação científica da combustão de substâncias.
Na segunda metade do século XVIII, sucederam-se descobertas sobre gases e, relacionadas a elas, começou-se a considerar detalhadamente o significado científico da combustão. Foi descoberto em 1754 o gás 'significado', em 1774 o oxigênio, e em 1776 o hidrogênio. A separação do nitrogênio e do cloro também ocorreu nessa época. Entretanto, com relação à combustão, não existia em tal período senão um raciocínio bastante primitivo. Na época de Boyle, pensava-se que o fato de o metal tornar-se pesado com a combustão era devido à adição de “partículas de fogo”. Esse raciocínio, no qual se considerava o fogo uma espécie de substância, chegou a seu clímax no início do século XVIII, quando Stahl (1660-1747) imaginou uma substância denominada flogístico.
Foi Lavoisier (1743-1794) quem primeiro negou tal hipótese e transformou a experiência química, que até então era qualitativa, em quantitativa. Usando uma balança, ele mediu com precisão o aumento e a diminuição da massa dos gases e das substâncias observados durante a combustão das substâncias, no interior de um recipiente perfeitamente fechado, e descobriu que o elemento imaginado, o flogístico, não existia, que a massa total das substâncias era constante, e que a combustão significava combinação com o oxigênio. Com essa descoberta, foi abstraído e estabelecido o conceito de elemento químico que era inextinguível nas reações químicas, e, unificando vários ramos miúdos que existiam até então independentemente, a química foi concluída como uma ciência em que se estuda a combinação e a separação dos elementos.
Desde então, a pesquisa progrediu rapidamente e, passando sucessivamente pelas leis das proporções constantes de Proust (1754-1826), das proporções múltiplas de Dalton (1766-1844), pela teoria atômica apresentada por ele em 1808, pela lei das reações dos gases de Gay-Lussac (1778- 18500 etc., foi apresentada em 1811 por Avogadro (1776-1856) a teoria molecular, a qual ficou enterrada, entretanto, até quando Cannizzaro (1826-1910) foi buscá-la, em 1860. Embora os conceitos de átomo e molécula tenham assim vagueado um pouco no seu caminho, o raciocínio de elemento químico apresentado por Lavoisier foi promovido intensamente por Berzelius (1779-1848), que por sua vez produziu mais de 2 000 espécies de compostos químicos e mediu as massas atômicas de 43 espécies de elementos. Até essa época, pensava-se que a substância orgânica podia ser extraída somente do corpo de um ser vivo e que a sua pesquisa pertencia a um outro ramo. Mas, desde que Wohler (1800-1882) conseguiu sintetizar a uréia, esse estudo entrou também para o ramo da química.
O conceito de valência química é devido aos esforços de Frankland (1825-1899), Kolbe (1818-18 84), Kekulé (1829-1896) e outros, na metade do século XIX. Em 1865, Kekulé conseguiu a fórmula estrutural correta do benzeno. Juntamente com isso, várias características dos elementos foram pesquisadas e em 1869 Mendeleiv (1834-1907) apresentou a tabela periódica. Pode-se dizer que, com isso, ficou concluída, em linhas gerais, a química no sentido clássico. Posteriormente, juntou-se à teoria da estrutura atômica da física, surgindo a físico-química, e a química também entrou no estágio de re-coordenação.
A história da química determinado está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do homem, já que abarca todas as transformações de matériass e teorias correspondentes. Com frequência a história da química se relaciona intimamente cohisas m a história dos químicos e — segundo a nacionalidade ou tendência política do autor — ressalta em maior ou menor medida os sucessos alcançados num campo ou por uma determinada nação.
A ciência química surge no século XVII a partir dos estudos de alquimia populares entre muitos dos cientistas da época. Considera-se que os princípios bázicos da química se recolem pela primeira vez na obra do cientista britânico Robert Boyle: The Sceptical Chymist (1661). HA química, como talezar, começa a ser explorada um século mais tarde com os trabalhos do francês Antoine Lavoisier e as suas descobertas em relação ao oxigênio com Carl Wilhelm Scheele, à lei da conservação da massa e à refutação da teoria do flogisto como teoria da combustão.
Primeiros avanços da química
O princípio do domínio da química (que para alguns antropólogos coincide com o princípio do homem moderno) é o domínio do fogo.
Há indícios de que faz mais de 500.000 anos, em tempos do Homo erectus, algumas tribos conseguiram este sucesso que ainda hoje é uma das tecnologias mais importantes. Não só dava luz e calor na noite, como ajudava a proteger-se contra os animais selvagens. Também permitia a preparação de comida cozida. Esta continha menos microorganismos patogênicos e era mais facilmente digerida. Assim, baixava-se a mortalidade e melhoravam as condições gerais de vida. jpg|190px|Tabela periódica de Mendeleyev]]
A metalurgia
A metalurgia como um dos principais processos de transformação utilizados até hoje começou com o descobrimento do cobre. Ainda que exista na natureza como Elemento químico, a maior parte acha-se em forma de minerais como a calcopirita, a azurita ou a malaquita. Especialmente as últimas são facilmente reduzidas ao metal. Supõe-se que algumas jóias fabricadas de algum destes minerais e caídas acidentalmente ao fogo levaram ao desenvolvimento dos processos correspondentes para obter o metal.
Depois, por experimentação ou como resultado de misturas acidentais se descobriu que as propriedades mecânicas do cobre podiam-se melhorar em suas ligas de metais. Especial sucesso teve a liga de metais do cobre com o estanho e traças de outros elementos como o arsênico — liga conhecida como bronze — que se conseguiu de forma aparentemente independente no Oriente Próximo e na China, desde onde se estendeu por quase todo o mundo e que deu o nome à Idade do Bronze.
Umas das minas de estanho mais importantes da Antiguidade se achavam nas Ilhas Britânicas. Originalmente o comércio foi dominado pelos Fenícios. Depois, o controle deste importante recurso provavelmente fora a razão da invasão romana na Britânia. Os Hititas foram um dos primeiros povos a obter o ferro a partir dos seus minerais. Este processo é muito mais complicado já que requer temperaturas mais elevadas e, portanto, a construção de fornos especiais. No entanto, o metal obtido assim era de baixa qualidade com um elevado conteúdo em carbono, tendo que ser melhorado em diversos processos de purificação e, posteriormente, ser forjado. A humanidade demorou séculos para desenvolver os processos actuais de obtenção de aço (geralmente por oxidação das impurezas insuflando oxigênio ou ar no metal fundido, processo conhecido com o nome de "processo de Bessemer"). O seu domínio foi um dos pilares da Revolução Industrial.
Outra meta metalúrgica foi a obtenção do alumínio. Descoberto a princípios do século XIX e, no princípio, obtido por redução dos seus sais com metais alcalinos, destacou-se pela sua rapidez. O seu preço superou o do ouro e era tão apreciado que uns talheres presenteados à corte francesa foram fabricados neste metal. Com o descobrimento da síntese por electrólise e posteriormente o desenvolvimento dos geradores eléctricos, o seu preço caiu, abrindo-se novo.
A cerâmica
Outro campo de desenvolvimento que acompanhou o homem desde a Antiguidade até o laboratório moderno é a cerâmica. Suas origens datam da pré-história, quando o homem descobriu que os recipientes feitos de argila mudavam as suas características mecânicas e incrementavam sua resistência frente à água se eram esquentados no fogo.
Para controlar melhor o processo desenvolveram-se diferentes tipos de fornos. No Egipto descobriu-se que, recobrindo a superfície com misturas de determinados minerais (sobretudo misturas baseadas no feldspato e a galena, esta se cobria com uma capa muito dura e brilhante, o esmalte, cuja cor podia variar livremente adicionando pequenas quantidades de outros minerais e/ou condições de aeração no forno). Estas tecnologias difundiram-se rapidamente. Na China aperfeiçoaram-se as tecnologias de fabricação das cerâmicas até descobrir a porcelana no século VII. Somente no século XVIII foi que Johann Friedrich Böttger reinventou o processo na Europa.
Relacionado com o desenvolvimento da cerâmica está o desenvolvimento do vidro a partir do quartzo e do carbonato de sódio ou de potássio. O seu desenvolvimento igualmente começou no Antigo Egipto e foi aperfeiçoado pelos romanos. A sua produção em massa no final do século XVIII obrigou ao governo francês a promover um concurso para a obtenção do carbonato sódico, já que com a fonte habitual - as cinzas da madeira - não se obtinham em quantidades suficientes como para cobrir a crescente demanda. O ganhador foi Nicolas Leblanc, ainda que seu processo caiu em desuso devido ao processo de Solvay, desenvolvido meio século mais tarde, que deu um forte impulso ao desenvolvimento da indústria química.
Sobretudo as necessidades da indústria óptica de vidro de alta qualidade levaram ao desenvolvimento de vidros especiais com adicionados de boratos, aluminosilicatos, fosfatos etc. Assim conseguiram-se vidros com constantes de expansão térmica especialmente baixas, índices de refracção muito elevados ou muito pequenos, etc. Este desenvolvimento impulsionou, por exemplo, a química dos elementos das terras-raras.
Ainda hoje a cerâmica e o vidro são campos abertos à investigação.
A química como ciência
O filósofo grego Aristóteles acreditava que as substâncias eram formadas por quatro elementos: terra, vento, água e fogo. Paralelamente, discorria outra teoria, o atomismo, que postulava que a matéria era formada por átomos, partículas indivisíveis que se podiam considerar a unidade mínima da matéria. Esta teoria, proposta pelo filósofo grego Demócrito de Abdera não foi popular na cultura ocidental dado o peso das obras de Aristóteles na Europa. No entanto, tinha seguidores (entre eles Lucrécio) e a idéia ficou presente até o princípio da Idade Moderna.
Entre os séculos III a.C. e o século XVI d.C a química estava dominada pela alquimia. O objetivo de investigação mais conhecido da alquimia era a procura da pedra filosofal, um método hipotético capaz de transformar os metais em ouro. Na investigação alquímica desenvolveram-se novos produtos químicos e métodos para a separação de elementos químicos. Deste modo foram-se assentando os pilares básicos para o desenvolvimento de uma futura química experimental.
A química, como é concebida atualmente, começa a desenvolver-se entre os séculos XVI e XVII. Nesta época estudou-se o comportamento e propriedades dos gases estabelecendo-se técnicas de medição. Pouco a pouco foi-se desenvolvendo e refinando o conceito de elemento como uma substância elementar que não podia ser descomposto em outras. Também esta época desenvolveu-se a teoria do flogisto para explicar os processos de combustão.
Por volta do século XVIII a química adquire definitivamente as características de uma ciência experimental. Desenvolvem-se métodos de medição cuidadosos que permitem um melhor conhecimento de alguns fenômenos, como o da combustão da matéria,Antoine Lavoisier, o responsável por perceber a presença do carbono nos seres vivos e a complexidade de suas ligações em relação aos compostos inorgânicos; e assentando finalmente os pilares fundamentais da química moderna.
O vitalismo e o começo da química orgânica
Tão cedo se compreendessem os princípios da combustão, outro debate de grande importância apoderou-se da química: o vitalismo e a distinção essencial entre a matéria orgânica e inorgânica. Esta teoria assumia que a matéria orgânica só podia ser produzida pelos seres vivos atribuindo este facto a uma vis vitalis (força ou energia vital) inerente na própria vida. A base desta teoria era a dificuldade de obter matéria orgânica a partir de precursores inorgânicos. Este debate foi revolucionado quando Friedrich Wöhler descobriu acidentalmente como se podia sintetizar a ureia a partir do cianato de amónio, em 1828, mostrando que a matéria orgânica podia criar-se de maneira química. No entanto, ainda hoje se mantém a classificação em química orgânica e inorgânica, ocupando-se a primeira essencialmente dos compostos do carbono e a segunda dos compostos dos demais elementos. Os motores para o desenvolvimento da química orgânica eram, no princípio, a curiosidade sobre os produtos presentes nos seres vivos (provavelmente com a esperança de encontrar novos fármacos) e a síntese dos corantes ou tinturas. A última surgiu depois da descoberta da anilina por Runge e a primeira síntese de um corante artificial por Perkin.
Depois adicionaram-se os novos materiais como os plásticos, os adesivos, os cristais líquidos, os fitossanitários, etc.
Até à Segunda Guerra Mundial a principal matéria-prima da indústria química orgânica era o carvão, dada a grande importância da Europa no desenvolvimento desta parte da ciência e o facto de que em Europa não há grandes jazigos de alternativas como o petróleo.
Com o final da segunda guerra mundial e o crescente peso dos Estados Unidos no sector químico, a química orgânica clássica se converte cada vez mais na petroquímica que conhecemos hoje. Uma das principais razões era a maior facilidade de transformação e a grande variedade de produtos derivados do petróleo.
A tabela periódica e a descoberta dos elementos químicos
Em 1860, os cientistas já tinham descoberto mais de 60 elementos químicos diferentes e tinham determinado sua massa atômica. Notaram que alguns elementos tinham propriedades químicas similares pelo que deram um nome a cada grupo de elementos parecidos. Em 1829, o químico J. W. Döbenreiner organizou um sistema de classificação de elementos no qual estes agrupavam-se em grupos de três denominados tríades. As propriedades químicas dos elementos de uma tríade eram similares e suas propriedades físicas variavam de maneira ordenada com sua massa atômica.
Alguns anos mais tarde, o químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleyev desenvolveu uma tabela periódica dos elementos segundo a ordem crescente das suas massas atômicas. Dispôs os elementos em colunas verticais começando pelos mais levianos e, quando chegava a um elemento que tinha propriedades semelhantes às de outro elemento, começava outra coluna. Em pouco tempo Mendeleiev aperfeiçoou a sua tabela acomodando os elementos em filas horizontais. O seu sistema permitiu-lhe predizer com bastante exatidão as propriedades de elementos não descobertos até o momento. A grande semelhança do germânio com o elemento previsto por Mendeleyev conseguiu finalmente a aceitação geral deste sistema de ordenação que ainda hoje segue-se aplicando.






Desenvolvimento da teoria atômica
estrutura do átomo considera-se um ramo da física e não da química.
A evolução dos modelos atômicos





Modelo atômico de Thomson
Modelo atômico de Rutherford
Modelo atômico de Bohr

Cronologia dos Modelos Atômicos
• Primeiro Modelo criado foi o de Dalton', em meados de 1803;
• O segundo modelo criado foi o de J.J. Thomson, em meados de 1817;
• O terceiro modelo criado foi o de Rutherford, entre 1911 e 1919 (data não confirmada);
• O quarto a ser criado foi o de Bohr (o mesmo que corrigiu o erro do modelo de Rutherford), entre 1920 e 1922 (data não confirmada, sabe-se que foi criado logo após o terceiro modelo).
ELIXIR DA LONGA VIDA – A FONTE DA JUVENTUDE
A humanidade sempre sonhou em produzir uma substância ou produto que pudesse prolongar a vida indefinidamente. Há relatos incontáveis de estudiosos que se embrenharam em exaustivas pesquisas visando a obtenção e preservação da saúde e da juventude. Os alquimistas são prova disso. Muitos se meteram a estudar Alquimia, visando a obtenção do famoso "Elixir da Longa Vida", tão comentado entre os conhecedores da Arte Alquímica. Disso surgiram inúmeras "receitas secretas", cuja manipulação resultaria na obtenção de tal elixir que, segundo os Mestres seria a panacéia universal, eficaz para curar todas as doenças, manter o vigor físico e por conseguinte: a juventude perene. O que dizer acerca de tal busca incessante do homem pela imortalidade? Não é possível a eternidade para nada que seja material e concreto, pelo menos no que diz respeito à manutenção de sua forma atual. Aliás; nada é eterno. Tudo muda o tempo todo. A única coisa que permanece inalterada é o Espírito Único que a tudo governa e em torno do qual tudo gira em movimentos circulares e ondulares, produzindo luz, matéria, energia e muitas outras coisas que desconhecemos. Então a eternidade é apenas um sonho; um devaneio? É. E não é. Para o homem estritamente materialista, a eternidade não existe. Mas para o ser que toma consciência de sua unidade com o Todo; a eternidade é uma realidade, já que o tempo e o espaço são apenas ilusão dos sentidos físicos. Nisso; podemos afirmar que os verdadeiros Alquimistas falavam a verdade quando se diziam possuidores do "Elixir da Longa Vida", panacéia universal, curador de todos os males. Entretanto; obviamente estavam se referindo ao mundo espiritual quando diziam isso. Sabiam que tal conceito consistia apenas em uma mudança de atitude acerca da grande realidade espiritual que sobrepõe à vida e à morte. Noutras palavras: o "Elixir da Longa Vida" é a consciência da espiritualidade e, por conseguinte; da eternidade. É ter consciência de que não somos apenas o nosso corpo físico. Este é apenas um veículo transitório através do qual o Princípio da Vida se manifesta em nossa passagem (ou passagens) pelo mundo denso material. Ele é necessário para vivermos neste mundo tridimensional, mas não é tudo. É apenas uma ínfima parte da manifestação da Essência Divina que é a vida. Você que está agora diante do computador, pode achar que a vida se resume a tudo o que você vê ou experimenta sensoriamente. Mas nem por isso a grande realidade de infindáveis mistérios deixa de existir à sua volta. Imagine simplesmente o incessante fluxo de ondas invisíveis que interpenetram o ambiente em que você está: ondas de rádio, ondas eletromagnéticas, etc., etc. Não há ninguém aí, mas a partir do momento em que você ligou o seu PC, abriu as portas de um mundo virtual que lhe possibilitou entrar em contato com o mundo; ouvir vozes e ver imagens de pessoas ou coisas que se encontram a milhares de quilômetros. O mesmo acontece com seu aparelho de som ou a sua TV. Estão inertes e invisíveis até que você sintonize um canal e capte as freqüências de ondas que interpenetram todas as coisas. Basta sintonizar. Assim é com a espiritualidade: está aqui e aí ao seu redor, interpenetrando todas as coisas e dotando-as de vida. Basta entrar na freqüência e sintonizar-se com ela. Há no infindável universo uma série de outras energias e forças desconhecidas por nossos sentidos físicos e por nosso corpo denso material. Da mesma maneira, existem ondas e energias ainda mais sutis que formam dimensões paralelas interpenetrando a realidade que vislumbramos. Shakespeare sabiamente já dizia que há mais mistérios entre a terra e o céu do que aquilo que imaginamos em nossa vã filosofia. É justamente essa realidade desconhecida que a auto-espiritualização nos revela, aos poucos. E é isso que os mais sábios alquimistas vislumbraram em suas descobertas mais maravilhosas. Observaram os mistos e compostos que formam a vida e os objetos inanimados e descobriram por intuição e por "abertura de consciência", a "Vida" Invulnerável e eterna por trás de todas as outras formas de vida: mineral, vegetal, animal e humana racional. Descobriram que tudo vibra em ciclos intermináveis, movidos pela força de uma Essência Cósmica Criadora Única. Sabiamente, perceberam que há vida em tudo; inclusive nos minerais. E a ciência veio provar esta realidade, já que a experiência mostrou que nada está parado. Tudo é energia em movimento. Um corpo metálico inerte se mantém em sua forma graças à misteriosa corrente energética que pulsa incessantemente em seus átomos. Noutras palavras; a matéria nada mais é do que uma forma de energia condensada, ativa e dinâmica. Os átomos que compõem um pedaço de ouro são gerados originalmente pelos mesmos componentes que formam um bloco de pedra, diferenciando apenas pela freqüência das vibrações e pelo número de prótons e elétrons girando em torno de um núcleo. Olhando apenas sob este ângulo mais simplório explicado pela ciência tradicional, já poderíamos concluir que é possível a transmutação dos metais pregados pela Alquimia, mesmo em seu aspecto mais grosseiro. Bastaria apenas gerar um mecanismo que tornasse possível alterar as freqüências de vibração dos elementos atômicos. No entanto, a Essência Cósmica Criadora nos fornece outros mecanismos muito mais simples para transmutar os mistos e realizar a mais sublime e verdadeira operação alquímica: a "Alquimia Espiritual". Como vemos; a matéria pode até ser alterada por manipulação mas isso tem a probabilidade de se tornar aberração diante da harmonia cósmica. Quem no entanto buscar a transmutação dos elementos físicos e abstratos em sua essência criadora interna, gera e chama à existência as coisas que ainda não existiam. A sabedoria nos ensina que a verdadeira transformação só é verdadeira e eficaz quando realizada na origem. Ora; a origem de tudo é o mundo espiritual. Alterando as condições ali, o mundo material refletirá uma reação diretamente proporcional. O ouro material é o reflexo mais condensado do ouro espiritual. Da mesma forma, a saúde é um reflexo da harmonia interna do indivíduo. Crie o seu ouro espiritual e deixe o resto por conta da Lei inexorável da ação e reação. Tudo o que é gerado no mundo das idéias tem natureza espiritual. Se for alimentado com as energias certas (vontade, fé e esperança), invariavelmente tende a germinar no mundo original e por conseguinte, manifestar-se no plano denso-material. Lembre-se: a vida longa é apenas um sonho daquele ser amarrado às circunstâncias materiais que vive sem saber e sem perceber que a Vida é eterna, indestrutível. A nossa vida terrena está limitada a um espaço de tempo sabiamente delineado pelo princípio criador. O ouro e todas as riquezas são da mesma forma pré-estabelecidos e utilizados segundo a necessidade cultural e humana. Imagine um monte de alquimistas e/ou cientistas produzindo ouro em laboratório. Em pouquíssimo tempo o mesmo perderia todo o seu valor econômico. Imagina ainda o quão tedioso seria para um homem, nas circunstâncias atuais de existência, viver eternamente. Com o passar dos anos, esta seria para ele um tédio insuportável. Caro amigo! Admita a grande realidade espiritual que o cerca e verás que não há porque temer o medo da morte ou da velhice. Reconheça que seus entes queridos que partiram pode estar bem perto de você, mas separados por Leis Universais que assim estabelecem. Medite na grande verdade explicitada pela ciência convencional e, por analogia, chegará a conclusão de que a vida não pode ser interrompida com a morte do seu veículo físico. Saiba que a ciência afirma que nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma. Até quando você usa uma energia para produzir outras formas de energia, saiba que, por mecanismos de economia universal, tais energia são simplesmente transmutadas, nunca aniquiladas. Se é assim com as coisas mais grosseiras, imagina se seria diferente com a magnificência que é a vida diante do Cósmico. Por que a vida se iniciaria e se acabaria num curto lampejar de tempo no círculo magistral da criação. Qual a finalidade do viver, se a morte interrompe um curso evolutivo de crescimento. Tudo é expansão, evolução, crescimento. Por que com a vida seria diferente? Pense nisso! Todos os meus livros estão disponíveis para leitura online, no meu site: A Casa do Aprendiz. Meus artigos falam sobre as maneiras de despertar o infinito potencial humano, através de técnicas de controle mental e de uma mudança na nossa maneira de pensar e agir diante da vida. Espero que ajude a muitos.

Visite meu site: www.tecioleite.blogspot.com
cEL.(98) 8849-1570

Nenhum comentário: