CUSTO DA CORRUPÇÃO
NO BRASIL SEGUNDO A FIESP
Segundo levantamento da Fiesp, renda per capita do País poderia ser de
US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual
Um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia
(Decomtec) da Fiesp revelou os prejuízos econômicos e sociais que a corrupção
causa ao País.
Segundo dados de 2008, a pesquisa aponta que o custo médio anual da
corrupção no Brasil representa de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB),
ou seja, gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões.
No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do País era de
US$ 7.954. Contudo, o estudo constatou que se o Brasil estivesse entre os
países menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184, aumento de 15,5% na
média do período, equivalente a 1,36% ao ano.
Entre 180 países, o Brasil está na 75ª colocação, no ranking da
corrupção elaborado pela Transparência Internacional. Numa escala de zero a 10,
sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem
nota 3,7. A média mundial é 4,03 pontos.
Nação prejudicada
Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União
poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção
fosse menos elevada.
·
Educação – O número de matriculados na rede pública do ensino fundamental
saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que
incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.
·
Saúde – Nos hospitais públicos do SUS, a quantidade de leitos para internação,
que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a
mais para os pacientes.
·
Habitação – O número de moradias populares cresceria consideravelmente. A
perspectiva do PAC é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras
2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.
·
Saneamento – A quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do
PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais
23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e
a mortalidade infantil.
·
Infraestrutura – Os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos
de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também
sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um
incremento de 1537%. Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia
ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de
1383%.
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